O Softbol na França e no Brasil: Um Pararelo
O Softbol na França e no Brasil: Um Pararelo

O Softbol na França e no Brasil: Um Pararelo

O Taco não é Soft conversou com a Lilian Miagawa, ex-atleta do time de Indaiatuba, SP, e atual jogadora de softbol na França. Ela nos oferece uma perspectiva valiosa sobre as semelhanças e diferenças entre o desenvolvimento do softbol nos dois países. Para os leitores do Taco não é Soft, essa comparação pode ajudar a entender melhor os desafios e avanços do esporte em diferentes contextos. Aos diretores de clubes pode ajudar a repensar algumas coisas que possam melhorar para os clubes brasileiros e para os gerentes do esporte no Brasil, caso queiram, pode servir de exemplo para ser levado em consideração em suas reunioes de planejamento, uma vez que é um relato real e sentimento de uma jogadora que atuou em ambos os países.

Início no Esporte e Nível de Base

Brasil

No Brasil, há uma tradição de introduzir o softbol desde cedo. A cultura do esporte está bem enraizada, especialmente em comunidades com forte influência japonesa. Esse início precoce permite que os atletas desenvolvam habilidades técnicas e táticas desde a infância, contribuindo para um nível competitivo mais alto nas categorias de base. Os clubes brasileiros são conhecidos por sua estrutura organizada e pelo investimento em treinamentos intensivos para jovens atletas.

França

Na França, o cenário é um pouco diferente. O softbol não é um esporte tão difundido e, consequentemente, muitas jogadoras começam a praticar o esporte mais tarde. Isso impacta diretamente o nível das categorias de base, que é geralmente mais baixo em comparação com o Brasil. Apesar disso, existem ótimos clubes na França, mas a falta de uma cultura esportiva forte desde cedo pode ser um desafio para o desenvolvimento de atletas de elite.

Estrutura dos Clubes e Treinamentos

Viaje com quem te ajuda.

Brasil

Os clubes brasileiros são mais estruturados, oferecendo instalações adequadas e programas de treinamento intensivos. No entanto, a massificação do esporte ainda enfrenta obstáculos, como a falta de visibilidade e apoio financeiro constante. Os treinos são frequentes e envolvem bastante o coletivo, o que é essencial para a formação de equipes coesas e bem preparadas para competições.

França

Embora existam clubes bem organizados na França, o treinamento coletivo é menos frequente devido à dispersão geográfica das atletas. Muitas jogadoras, incluindo Lilian, vivem longe dos locais de treino e precisam se preparar sozinhas. Isso limita o desenvolvimento de um trabalho coletivo consistente, o que pode impactar o desempenho das equipes em competições.

Calendário de Jogos e Competitividade

Brasil

No Brasil, o calendário de jogos pode ser mais esparso, com grandes competições acontecendo em intervalos maiores. Isso pode limitar a experiência de jogo contínuo e a oportunidade de competir regularmente.

França

A França oferece um calendário de jogos mais robusto, com competições acontecendo em vários domingos ao longo do ano. A liga principal é composta por seis equipes que jogam várias vezes entre si, garantindo uma maior quantidade de partidas e, consequentemente, mais oportunidades para as jogadoras evoluírem suas habilidades em situações de jogo real. Além dos jogos de liga, há também diversos torneios.

Apoio Financeiro e Infraestrutura

Brasil

A massificação do softbol no Brasil enfrenta o desafio do baixo reconhecimento e apoio financeiro. A maior parte dos custos relacionados às viagens e competições são cobertos pelos próprios atletas e clubes, o que pode ser um impedimento para o crescimento do esporte em larga escala.

França

Na França, os atletas de softbol recebem mais apoio de órgãos públicos. Lilian destaca que na França, como atleta, ela não precisa arcar com custos de hotel e viagem, apenas com alimentação. Esse apoio é crucial para permitir que mais pessoas pratiquem o esporte sem a barreira financeira, incentivando o crescimento do softbol no país.

Conclusão

Ambos os países enfrentam desafios para massificar e desenvolver o softbol, mas cada um possui suas próprias forças. O Brasil se destaca pelo início precoce e pela qualidade técnica das categorias de base, enquanto a França oferece um calendário de jogos mais consistente e um apoio financeiro mais estruturado por parte dos órgãos públicos.

No Taco não é Soft, continuamos comprometidos em divulgar e apoiar o softbol em todas as suas formas, reconhecendo o esforço de atletas e clubes em ambos os países para promover esse esporte apaixonante. Esperamos que essas comparações inspirem novas iniciativas e colaborações internacionais que beneficiem o crescimento do softbol tanto no Brasil quanto na França.

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