Por Que o Softbol Não Cresce no Brasil? Uma Análise do Taco Não é Soft
Por Que o Softbol Não Cresce no Brasil? Uma Análise do Taco Não é Soft

Por Que o Softbol Não Cresce no Brasil? Uma Análise do Taco Não é Soft

Desde 1992, o Softbol e o Beisebol têm lutado para se manterem relevantes no cenário esportivo brasileiro. A maioria dos praticantes são descendentes de japoneses, o que levanta a questão: por que esses esportes não conseguem expandir sua base de praticantes e ganhar popularidade, mesmo entre as colônias japonesas?

Apesar de serem esportes inclusivos, que valorizam a união, raciocínio rápido, e a participação familiar, parece que a busca por alto desempenho, comum no Brasil, exige uma dedicação que nem todos estão dispostos a oferecer. Além disso, a estrutura existente no país não parece acolher bem as críticas, especialmente aquelas vindas de fora da comunidade nipo-brasileira. A partir de estudos e entrevistas com praticantes, ex-praticantes, e dirigentes, o blog Taco Não é Soft chegou a algumas hipóteses para o desânimo nacional em relação a esses esportes:

  1. Desconhecimento das Regras: Poucos brasileiros conhecem as regras, e aqueles que as conhecem não possuem a didática necessária para ensiná-las de forma eficaz.
  2. Falta de Marketing e Propaganda: Não há um plano de marketing abrangente e eficaz. A falta de investimento e patrocínio também é um fator importante.
  3. Falta de Visão Empresarial: Não há uma análise precisa dos riscos e retornos sobre investimentos. O medo de crescer e perder o controle também limita o desenvolvimento.
  4. Outros problemas de Gestão: Como o esporte é amador, tem pouco investimento, interesse, e falta de conhecimento administrativo. Ou tem muito cacique pra pouco índio ou muito índio chefiado por um único cacique. Ambos dificultam ações racionais

Se compararmos com o cenário internacional, especialmente nos Estados Unidos, vemos um contraste gritante. (Temos que nos compara com os bons, não com semelhantes como Angola, França , Arzeibajão) Universidades americanas lucram bilhões de dólares anualmente, não apenas com direitos de transmissão, mas também com a venda de produtos licenciados, como camisas e bonés de times universitários. Aqui no Brasil, sem propaganda e mercado consumidor, que TV iria investiPor exemplo, as conferências Power 5 geraram mais de US$ 12 bilhões em receita em 2022, com boa parte desse valor vindo de direitos de mídia e vendas de produtos licenciados. Este modelo lucrativo é algo que falta ao softbol e beisebol no Brasil.

Se quisermos que esses esportes cresçam por aqui, precisamos adotar estratégias semelhantes, criando campanhas de marketing eficazes, educando o público sobre as regras e benefícios dos esportes, e atraindo patrocínios que possibilitem o crescimento sustentável.

Atrair investimentos e patrocínios para um esporte não muito conhecido no país pode ser um desafio, mas existem estratégias eficazes que podem ser adotadas para alcançar esse objetivo:

  1. Criação de Identidade e Marca: Desenvolver uma identidade forte e reconhecível para o esporte é crucial. Isso inclui criar uma marca atraente, com logotipos, cores, mascotes, e histórias envolventes que ressoem com o público. Uma marca bem desenvolvida pode gerar interesse e fidelidade tanto do público quanto de patrocinadores.
  2. Parcerias com Escolas e Universidades: Estabelecer parcerias com instituições educacionais pode ajudar a aumentar a base de praticantes e atrair a atenção de patrocinadores que veem valor em associar suas marcas a programas esportivos educacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, o sucesso de muitos esportes começa no ambiente universitário, onde programas fortes atraem a atenção de grandes marcas.
  3. Eventos e Competições: Organizar torneios, eventos e competições de alto nível pode atrair a atenção da mídia e do público. Um bom exemplo é o UFC no Brasil, que começou a crescer em popularidade após a realização de grandes eventos com cobertura nacional e internacional.
  4. Engajamento com a Comunidade: Trabalhar com comunidades locais para promover o esporte através de workshops, clínicas, e eventos pode criar um envolvimento genuíno com o público, gerando uma base de apoio fiel. As marcas tendem a se associar a iniciativas que mostram um forte apoio comunitário.
  5. Uso das Mídias Sociais e Marketing Digital: As mídias sociais são ferramentas poderosas para aumentar a visibilidade de um esporte. Criar conteúdo envolvente, como vídeos de destaque, histórias de atletas, e campanhas virais, pode atrair a atenção de um público mais amplo e, por conseguinte, de patrocinadores interessados em alcançar esse público.
  6. Estudos de Caso e Resultados Tangíveis: Apresentar estudos de caso que mostrem o potencial retorno sobre o investimento (ROI) para os patrocinadores pode ser um diferencial. Mostrar exemplos de como outras marcas se beneficiaram ao patrocinar esportes em crescimento pode ajudar a convencer novos investidores.
  7. Desenvolvimento de Produtos Licenciados: A criação de produtos licenciados, como camisas, bonés e outros itens de merchandising, pode ser uma fonte adicional de receita e uma forma de promover a marca do esporte. Patrocinadores veem valor em associar suas marcas a produtos que os consumidores compram e usam.
  8. Apoio Governamental e Incentivos Fiscais: Buscar apoio governamental, através de leis de incentivo ao esporte, pode atrair empresas que querem se beneficiar de deduções fiscais enquanto apoiam o crescimento de um esporte.

Ao implementar essas estratégias, é possível aumentar a visibilidade do esporte e atrair investimentos e patrocínios que ajudarão a desenvolver a modalidade no país.

Talvez o esporte no país seja tratado como se fosse uma empresa familiar, com todos os grandes problemas que este estilo de administração pode trazer para uma organização. E também, é oportuno constatar que existem interesses por parte de outros grupos que detém a hegemonia que são conflitantes.

Fique de olho no Taco Não é Soft para mais análises e discussões sobre o futuro do softbol e beisebol no Brasil, do ponto de vista de alguém que ainda não tem muita experiência, apenas 15 anos no esporte . Enviamos um correspondente para verificar “in Locus” como funciona o negócio de perto. Ao longo do grupo C da disputa das 2 vagas para Final, o Taco não é Soft trará pra todos algumas dicas….

Vamos continuar trabalhando juntos para dar a esses esportes o destaque que merecem. Uma ideia foi dada. Deixemos o ego de lado, os interesses individuais mesquinhos de lado, e principalmente, a ideia ou “sonho” de ficar famoso ou rico com a exploração deste esporte.

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