No último final de semana, dias 14 e 15 de setembro, a equipe do “Taco Não é Soft” foi conferir de perto as disputas dos times de beisebol universitário na NDU (Novo Desporto Universitário). Ficamos positivamente surpresos com a ótima organização dessa liga amadora. Como é de conhecimento geral, o Brasil não possui times profissionais de beisebol, devido em parte ao desinteresse e também ao desconhecimento do esporte pela população. Muitos alunos ingressam na universidade sem saber o que é o beisebol e acabam aprendendo e se apaixonando pelo esporte ao participar dos times universitários.
Tivemos a oportunidade de conversar com atletas de várias faculdades, incluindo a recém-integrante FECAP, Poli, Medicina de Jundiaí, Santa Casa e Santo Amaro. Todos estavam jogando seguindo o protocolo nipo-brasileiro, com o respeito e a ética que são características dos melhores clubes. O que deixou a equipe do Taco mais esperançoso em saber que o beisebol do futuro é o beisebol tradicional brasileiro, e não deve virar “futebol europeu” ou ” beisebol Frances”. Nós já temos uma tradição e uma cultura beisebolista. Você que precisa se aproximar mais e conhecer, se não fizer parte da pequena “bolha” beisebolista.
Uma outra agradável surpresa foi encontrar árbitros da AAA, ( associação de Arbitros e Anotadores ) como Everaldo, Zanotti, Emerson, e Alberto, que foram contratados pela NDU para arbitrar os jogos. Isso mostra a preocupação da NDU com a seriedade e a formalidade das competições. A organização da NDU revelou que atualmente conta com quase 100 times de futebol em várias categorias, 80 times de voleibol e cerca de 70 de basquete. O beisebol foi incluído oficialmente na liga apenas no ano passado, indicando um enorme potencial de crescimento.Estamos aguardando e torcendo para que o Softbol também se interesse e se inscreva para participarem desta Liga.
O beisebol é tão envolvente que muitos universitários, após se formarem, continuam jogando, criando ligas amadoras como a Liga Paulista de Beisebol Amador. Conversamos com André Lopes da Silva, ex aluno -matemático do IME, que agora joga pelo FARMIME, um time formado por atletas da Farmácia e do IME. Essa liga é uma oportunidade para os alunos continuarem jogando mesmo após a formatura.
No dia 15 , domingo, fomos verificar está liga também. Durante a competição da Liga Paulista de Beisebol Amador, no Anhanguera Nikkey Clube, encontramos times como Farmime, Pirates e Calangos. Durante o almoço, conversamos com Matheus Luján e Felipe Yoshida, ambos farmacêuticos que aprenderam a jogar beisebol na faculdade. Gostaram tanto do esporte que, após se formarem, decidiram criar times para continuar jogando.
Apesar de nenhum desses atletas ter a pretensão de se tornar jogador de alto desempenho ou ser convocado para a seleção brasileira, muitos têm o sonho de alcançar a MLB americana. ( Pausa irônica para uma reflexão)
Essa “aspiração” reflete o ambiente saudável, divertido e envolvente que o beisebol brasileiro proporciona. Mais uma vez, o “Taco Não é Soft” faz questão de destacar e apoiar o crescimento do beisebol e do softbol no Brasil, preenchendo uma lacuna deixada pela imprensa tradicional. O apoio não leva em conta se a liga é Amadora, universitária, oficial confederada, e independe da categoria. Existem torcedores para todos !! Vamos divulgar e ensinar quem desconhece.
Durante um dos jogos, o taco ouviu de uma garota que estava tirando fotografias ( provavelmente uma namorada de algum jogador ) um comentário que descreve o beisebol universitário: ” nossa, que legal! Ao final do jogo ganhando ou perdendo, eles se cumprimentam e agradecem o time adversário. Se fosse futebol estaria todo mundo triste e nervoso porque perdeu o jogo “.