No Brasil, o Softbol ainda não ocupa o pedestal que merece. Um esporte olímpico reconhecido mundialmente, capaz de abrir portas inimagináveis para quem o pratica, aqui parece relegado a um papel coadjuvante. Triste ironia, já que em outros países ele transforma carreiras e vidas inteiras. Quantas jovens brasileiras estão perdendo a chance de brilhar porque sequer sabem o potencial desse esporte?
Neste cenário, é impossível não destacar a trajetória brilhante de Sayuri Handa, do Nikkei Curitiba. Aos 17 anos, ela é a prova viva de que o Softbol pode levar atletas brasileiras a horizontes surpreendentes, desde que haja esforço, talento e – por que não dizer? – um empurrãozinho do destino.
A Jornada de Sayuri
Sayuri começou no Beisebol, ainda menina, com apenas 8 anos, jogando pelo Pinheiros, de Curitiba. Um ano depois, sua paixão migrou para o Softbol, onde passou a jogar no time Sub-13, sem nunca abandonar o Beisebol completamente. Desde então, sua história é de dedicação e conquistas.
Com impressionantes 46 troféus individuais acumulados no Brasil, Sayuri, ou apenas Sá…( ou para os mais íntimos, “Sazón”se tornou uma estrela reluzente em um cenário que, convenhamos, nem sempre reconhece o valor das suas atletas. Além disso, foi duas vezes aos Estados Unidos para intercâmbios esportivos em Miami, uma experiência que lhe deu uma prévia do que estaria por vir.
Agora, porém, o desafio é maior: ela não está apenas viajando para aprender; está indo para competir com mais garra. Sayuri foi convidada por três Colleges americanos e escolheu o Dade College, na Flórida, onde morará com outras jogadoras, consolidando sua transição de estrela brasileira para potencial estrela internacional.
No ano de 2025 o Taco vai tentar acompanhar não só a Sazon, mas todas as atletas Brasileiras que, com a ajuda da Lana Calixto, embarcarão para os estados Unidos.Quer para a Florida, quer para a Carolina do norte. A Lana , já auxilia estas atletas a alguns benefícios na anos e já conseguiu intercâmbio para mais de 250 atletas Brasileiras, Peruanas e Colombianas.
A Irônia do Descaso Brasileiro
Enquanto nos Estados Unidos técnicos e programas esportivos caçam talentos como Sayuri, no Brasil o Softbol segue subestimado. Nossas jogadoras são poucas, não por falta de talento, mas por falta de incentivo e divulgação do espotte. É chocante pensar que, no Colégio Acesso, em Curitiba – onde o Softbol é praticamente um desconhecido – surgiu uma atleta tão brilhante que agora será um desfalque sentido até na seleção brasileira.
A mãe de Sayuri, com orgulho e um toque de humor, a considera “a melhor jogadora de Softbol dos campeonatos intergalácticos.” E, considerando os números e estatísticas da Sazon quem ousaria discordar?
Oportunidades Perdidas
Quantas Sayuris não estão por aí, em outros cantos do Brasil, perdendo a chance de trilhar um caminho como esse? Quantas garotas sequer sabem que poderiam transformar o Softbol em uma carreira internacional ou até mesmo em uma formação universitária no exterior?
O final de ano é uma época de renovação, mas também de reflexão. Enquanto os técnicos brasileiros se preocupam com o futuro das atletas que se destacaram, fica a lição: o Softbol precisa de mais visibilidade e suporte. Afinal, não se formam jogadoras como Sayuri Handa por acaso. Temos muitos colégios, muitas escolas públicas, muitos clubes que nem sabem que no Brasil, jogamos Softbol. Precisamos ir até elas… não esperar que venham até nos.
Parabéns, Sayuri!
O Taco Não É Soft dedica a você esta reflexão. Que sua ansiedade se transforme em energia e suas conquistas inspirem outras jovens a enxergarem o Softbol como a ponte para um futuro promissor.
Fontes seguras nos adiantaram que entre 8 e 15 atletas de softbol estarão embarcando para os campeonatos americanos
E quem sabe, num futuro próximo, possamos ver mais atletas brasileiras disputadas por Colleges americanos, mostrando ao mundo que, no Brasil, o Softbol também tem grandes talentos – só precisamos enxergá-los e valorizá-los.
Boa sorte, Sayuri. Não esqueça o seu capacete power Rangers Cor De rosa, O mundo é seu campo de jogo agora. Quero vê-la no State Finals.
O Taco deseja também que todos os times de softbol, como o Nikkei Curitiba, o Marília, o Gecebs, o Nippon Blue Jays, o Cooper , o Londrina, o Tozan, o Atibaia, o Indaiatuba, o Londrina, o Central Glória e recentemente o ACAE de presidente Prudente, se unam em 2025 para ajudarem outros times, outras escolas , outros colégios a gerarem mais times, mais atletas , todo com mais Sazón.
novos patrocinadores ….( Tem gente que não quer associar seu nome a este Blog. Pra vocês, um feliz Natal e um ano de 2025 cheio de satisfação e crescimento )