Onde Luciano do Valle errou?
Onde Luciano do Valle errou?

Onde Luciano do Valle errou?

Luciano do Valle foi um visionário. Narrador esportivo, comunicador e empresário, ele enxergava o esporte como ferramenta de transformação social e acreditava que o Brasil poderia — e deveria — ser muito mais do que o país do futebol. Nascido em Campinas, São Paulo, em 1947, Luciano começou sua carreira no rádio e se consagrou na televisão como um dos maiores narradores esportivos do país. Mas sua grande paixão ia além da narração: ele queria mudar o cenário esportivo brasileiro. Foi responsável por popularizar esportes como vôlei, basquete, boxe, Fórmula Indy, ginástica olímpica, natação e atletismo, criando até eventos como o “Show do Esporte”, na TV Bandeirantes, que ocupava horas de programação com modalidades até então invisíveis à grande mídia.

Mas… onde Luciano do Valle errou?

Na visão do Taco não é Soft, a resposta é simples: ele não errou. O que falhou foi o entorno — os bastidores do esporte brasileiro. Luciano sonhou com um Brasil esportivo plural, mas enfrentou interesses político-financeiros pesados. Políticos que não viam votos no esporte “alternativo” não apoiaram. Empresários que não enxergavam retorno imediato, não investiram. A única emissora que embarcou com ele nessa ousadia foi a TV Bandeirantes. As demais seguiam obcecadas apenas pelo Ibope — não pelo esporte, nem pelos atletas, nem pelo legado.

Hoje, os tempos mudaram. A internet permite divulgar o que antes era ignorado. Novos empresários compreendem que investir em esporte é investir em saúde, cultura e qualidade de vida para seus colaboradores. E a hora do Softbol e do Beisebol está chegando. A NFL já veio. E quem sabe, em breve, a MLB também perceba o tamanho do mercado brasileiro.

A mídia tradicional ainda não embarcou, mas há prefeituras despertando. Clubes tradicionais começam a equilibrar o respeito à cultura nipo-brasileira com a necessidade de inclusão e crescimento. É questão de sobrevivência dos próprios times.

E tem gente fazendo. Em belo Horizonte, em Maringá, Em Marília, Em são Paulo, em Arujá, em Floripa, em Porto Alegre, em Curitiba. Em São Carlos, por exemplo, o projeto “Jacarezinhos – Softbol para Todos”, da CBSC, é exemplo disso. Apoiado pela iniciativa Taco não é Soft, pela Matsumidia TV e pelo OCC Channel, o projeto aposta na divulgação, incentivo e educação por meio do softbol. Ainda não tem apoio da prefeitura, talvez por ser iniciativa de um cidadão para cidadãos, mas planta as sementes para um futuro promissor. Assim como Indaiatuba, que iniciou um projeto há cinco anos e hoje tem uma Liga Municipal de Beisebol e Softbol consolidada, São Carlos também vai florescer.

Luciano do Valle sonhou. Ele abriu caminhos. Hoje, cabe a nós continuarmos o jogo. Tem muitos innings pela frente… Estamos apenas no início do segundo. Se for Softbol vai até o sétimo, se for Beisebol até o nono!

o jogo está pegando fogo. Um time pensando apenas em ganhar, em manter sua supremacia tradição a qualquer custo. Outro tentando jogar, sem jogadores conhecidos, sem patrocinadores , sem apoio financeiro, conta apenas com alguns empresários apoiando e com uma torcida barulhenta, maravilhosa que ama o softbol e muitas vezes não é ouvida..uma torcida que não pensa em fazer dinheiro com o esporte. Querem o esporte pelo esporte. O dinheiro, vai ser consequência do esforço e trabalho

quando o Brasil acordar, ele torcerá para o Softball, firme forte com a “cara” do Brasil, auto suficiente no treinamento e formação de atletas cidadãos. Ninguém vai dizer se quer ou não a “cara” do esporte de um jeito ou de outro. A cara do Softball é a cara do Brasil, não a minha, não a sua nem de quem você puxa o saco.

o SOFTBALL é para todos.

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