Uma vez, um repórter do Taco foi abordado por alguém muito , muito, muito influente no beisebol com a seguinte pergunta:
“Afinal, Qual é o seu interesse no Beisebol, se o Taco é um blog de Softbol e seu editor é árbitro de Softbol?”
Confessamos: até hoje não conseguimos formular uma resposta à altura da profundidade desse questionamento. A reflexão divagou muito… Principalmente numa mente ardilosa como a nossa. Foi curiosidade pura? Foi uma tentativa de nos conhecer melhor? Foi medo? Uma tentativa de dissuadir-nos de nosso sonho? E aquele afinal, no início da sentença? Um desafio? Adoramos desafios, afinal a vida é um desafio. A família Calderaro adora grandes desafios. Desde que o Bisa Arcângelo chegou no Brasil com seus irmãos e tiveram que se separar. O Brasil tem sido um constante desafio.

Mas talvez a pergunta correta não seja essa.
Talvez a pergunta deva ser: por que ainda precisamos justificar o interesse em divulgar o que ninguém mais divulga?
O Taco, como TODOS os seus leitores já sabem, nasceu para preencher uma lacuna histórica no Softbol e Beisebol brasileiros: a absurda ausência de visibilidade.
Nem os órgãos oficiais, nem a imprensa tradicional têm mostrado disposição — ou capacidade — de levar essas modalidades ao conhecimento do público brasileiro. E isso não é uma crítica vazia: é um fato.
Sem o Taco, por exemplo, o esforço do Rony Trindade, lá em Rolândia (PR), com seu projeto Beisebol Legends, jamais chegaria ao conhecimento de quem está fora da bolha. Seu trabalho com o Beisebol de Base, recentemente impulsionado com uma doação de equipamentos feita pelo tradicional time Indaiá, da ACENBI de Indaiatuba, representado pelo Diretor de Beisebol Leo Morita, é apenas UM exemplo entre tantos. E o projeto do Alvorada , de Belo Horizonte do BH Capitals. E os trabalhos de Marília e de Maringá, e os de Atibaia ?
Sem divulgação, essas ações ficam restritas a um grupo pequeno, fechado, e o Brasil continua sem saber que existe talento, paixão e educação sendo moldada por meio do Softbol e do Beisebol.
É claro: o Ministério dos Esportes, as Secretarias de Esportes municipais e até o próprio Comitê Olímpico Brasileiro têm a responsabilidade de incentivar e divulgar todos os esportes — mas não conseguem. Faltam recursos. Faltam equipes. Falta atenção.
E as Federações? Com frequência, faltam estrutura e expertise em comunicação e marketing.
Talvez a melhor resposta àquela pergunta inicial seja essa:
O Taco existe porque o silêncio nos irrita.
O silêncio da mídia.
O silêncio das autoridades.
O silêncio daqueles que veem, mas se calam. A arrogância de algumas pessoas, o estilo político de cancelamento e isolamento social de quem crítica. A percepção de que interesses pessoais mesquinhos se sobrepõem aos interesses da coletividade. E mais, a ganância, o ego elevado, as picuinhas, as invejas, o desprezo pela ajuda. E o sentimento de racismo institucional.


A gente fala porque ninguém mais fala.
A gente mostra porque ninguém mais mostra.
E mais: fazemos isso de forma voluntária. Não temos interesse em “ganhar dinheiro”. Não somos olheiros, agentes, entretanto temos certeza absoluta da competência para administrar dinheiro alheio. Fizemos isso a vida inteira nas empresas que trabalhamos anteriormente.
É por isso que, em vez de apoio, o Taco às vezes encontra resistência, oposição, vaidade. Disputas de poder vazias, que alimentam egos e apagam histórias.
Isso, sim, é um desserviço ao Softbol e ao Beisebol.
É uma afronta ao povo brasileiro, que poderia sim se apaixonar por esse esporte, se tivesse a chance de conhecê-lo. A cada tentativa de oposição ao trabalho, o Taco entende como desafio, como oposição. E isto motiva a equipe a trabalhar mais, a abusar da transparência.
Sejam menos. O Taco é imprensa. O Taco é imparcial. O Taco precisa dos leitores. O Taco quer 🕊️ paz. Mas não gosta de ser “cancelado”, ignorado ou ameaçado. Melhor manter um bom relacionamento.com a imprensa, com outras empresas. Não sejam arrogantes.
O Taco segue em frente. Com Softbol, com Beisebol, com quem joga, com quem sonha, com quem ensina e com quem acredita.
Porque se a gente não contar essas histórias… quem vai?
Brasil é grande demais pra ter um dono.






















