A Liga Paulista de Beisebol (LPB) existe há 18 anos. Isso mesmo: dezoito. E você, leitor, que nos acompanha por aqui e ama esportes, provavelmente nunca ouviu falar dela. Não é sua culpa. É o retrato do apagamento sistemático que o beisebol sofre no Brasil.

A LPB é disputada por times de diversas partes do país. É um esforço conjunto de atletas, treinadores e apaixonados pelo jogo que, há quase duas décadas, mantêm viva a chama de um esporte olímpico. Sem patrocínio milionário, sem cobertura da grande imprensa, sem apoio institucional. Apenas com vontade e amor ao esporte.
Mas por que ninguém fala da LPB? Por que nem mesmo os canais esportivos dedicam uma nota a essa competição que cresce a cada ano? E mais grave: por que tantos órgãos oficiais se recusam a apoiar a LPB, com a justificativa de que não é uma “iniciativa oficial”?
Chega de desculpas.
Se depender de nós – e de você, leitor – a LPB vai completar 20 anos como a primeira Liga Profissional de Beisebol do Brasil. E mais: incentivamos que os organizadores formem também uma Liga de Softbol, dando ainda mais força a esses esportes tão ricos em valores educativos, sociais e atléticos.
Afinal.de contas, somos um país com 200 milhões de habitantes. Nunca acreditei que um esporte poderia ser “concorrente” de outro. Mesmo porque, a muito tempo atrás, pra não haver mais “briga e disputa” por atletas, convencionou-se que Beisebol é para homens e softbol é pra menininhas.O que ap nas ignorantes deste esporte sustentam. Na Argentina, por exemplo, o Softbol adulto é muito forte. Em Brasília lia temos mais Softbol Masculino que feminino e nas universidades joga-se muito softball misto. Mas aí é porque ninguém conhece o esporte e , aí sim, faltam atletas.
O que está faltando? Divulgação. Mobilização. Apoio real.
Se os veículos de comunicação não fazem sua parte, se o Comitê Olímpico Brasileiro tem outras prioridades, se os empresários não enxergam que podem contribuir com a transformação social por meio do esporte… então façamos nós mesmos. De cidadão para cidadão consciente.
Compartilhe este texto. Mostre a LPB para um amigo. Leve alguém para assistir a um jogo. Converse com quem nunca viu um bastão ou uma luva de perto. Explique que beisebol e softbol são olímpicos, inclusivos, estratégicos, e que transformam vidas.
Mas atenção: fazer a nossa parte não inclui atrapalhar, cancelar ou destruir a concorrência. Há espaço para todos os que trabalham pelo crescimento do esporte de forma honesta e coletiva.
*O futuro do beisebol e do softbol no Brasil depende de nós. Não espere. Faça acontecer.


































