Você não conhece a NDU? De quem é a culpa?
Você não conhece a NDU? De quem é a culpa?

Você não conhece a NDU? De quem é a culpa?


Neste final de semana (18 de maio -Domingo), a equipe do Taco não é Soft esteve no templo do beisebol brasileiro — o tradicional campo Mie Nishi — para acompanhar de perto uma das fases do Campeonato Universitário Feminino de Softbol, promovido pela NDU (Novo Desporto Universitário). Mas o que era para ser uma cobertura rotineira acabou se transformando num passeio pela memória, pela história e pela força silenciosa do esporte universitário no Brasil.

Enquanto as meninas da NDU suavam em campo, defendendo suas cores, sonhos e universidades, fomos surpreendidos por outro jogo especial: um amistoso entre gerações da Faculdade de Direito da USP, a famosa SanFran. De um lado, os veteranos que fundaram o time em 1990. Do outro, os atuais estudantes que seguem mantendo viva a chama do beisebol na faculdade. Um verdadeiro “jogo do século”, vencido, desta vez, pelos mais jovens.

Entre os presentes, estava o professor Virgílio Afonso da Silva, que fez questão de prestigiar o reencontro e reforçar, com sua presença, o valor que a prática esportiva tem na formação humana, acadêmica e cidadã, porque como jogador… Seria um bom “Quarter back”.

A pergunta que não quer calar é: por que você, leitor, nunca ouviu falar disso?

Por que essas histórias, tão potentes, que falam de pertencimento, superação, memória e juventude, não chegam ao grande público? De quem é a culpa? Do governo? Da mídia? Das universidades? Das atléticas? De todos nós?

Durante um papo descontraído com Vitor, ex-DM (Diretor de Modalidades) da Atlética, ficou claro: a dificuldade de divulgar para fora dos muros da faculdade é real — e ainda maior quando se trata de esportes que não sejam futebol. E quando falamos de NDU, falamos de mais de 900 times registrados em diversas modalidades, disputando campeonatos o ano inteiro. É isso mesmo: novecentos. E a maioria das pessoas nem desconfia.

O Campeonato de Softbol Feminino da NDU, por exemplo, é dividido em três fases e reúne dezenas de universidades de diferentes regiões. E, mesmo assim, passa despercebido para a maior parte do Brasil — inclusive nas cidades onde essas universidades estão inseridas.

É como se o talento, o esforço, a disciplina e o comprometimento de centenas de jovens simplesmente não existissem. Mas eles existem. Estão em campo, nos bastidores, treinando depois das aulas, montando eventos, levantando grana com rifas, vendendo camisa, criando redes de apoio.

Esses jovens merecem ser vistos. E o softbol universitário precisa ser divulgado.

Divulgar a NDU é mais do que apoiar o esporte: é reconhecer o valor das universidades nas nossas cidades. É dar voz aos nossos estudantes, às nossas futuras lideranças, aos talentos que querem transformar o mundo com o corpo, a mente e o coração em movimento.

É hora de parar de fingir que só o futebol existe.
É hora de contar outras histórias.
E nós estamos aqui pra isso.

Um abraço,
Cesar
Blog Taco não é Soft


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