No Brasil, o conceito de voluntariado frequentemente é cercado por mal-entendidos e desconfianças. Para muitos, é difícil compreender que alguém possa dedicar tempo, energia e até recursos próprios a uma causa sem esperar retorno financeiro. Esse é um desafio cultural profundo, onde o trabalho é associado a recompensas imediatas, e serviços gratuitos são vistos com suspeita, como se houvesse sempre uma “agenda oculta” ou um objetivo lucrativo disfarçado. No entanto, julgar o voluntariado com uma “régua cultural preconceituosa” é não apenas limitante, mas também desrespeitoso para com aqueles que se dedicam genuinamente.
O beisebol e o softbol no Brasil são exemplos vivos do que o voluntariado pode construir. Esses esportes, que ainda são considerados de nicho, só sobrevivem e se expandem graças ao trabalho voluntário de atletas, treinadores, organizadores e entusiastas que se dedicam sem compensação financeira, apenas pela paixão e o desejo de ver essas modalidades crescerem no país. Desde a formação de times locais até a organização de competições nacionais, tudo depende do esforço de indivíduos que acreditam no poder do esporte para transformar vidas.
Esse voluntariado não deve ser visto com desconfiança, mas com reconhecimento e respeito. Quando julgamos o trabalho voluntário pelos padrões de interesses financeiros ou egoístas, estamos perdendo uma parte fundamental do espírito de comunidade e de construção coletiva que ele representa. O crescimento do beisebol e do softbol no Brasil é a prova concreta de que, quando o voluntariado é bem compreendido e respeitado, ele tem a força para promover mudanças significativas, abrir novas oportunidades para jovens e até criar um legado para futuras gerações.
Faculdades e empresas americanas valorizam profundamente o serviço voluntário em currículos porque ele reflete muito sobre o caráter e os valores de uma pessoa, como responsabilidade social, empatia e dedicação a causas coletivas. O voluntariado não é apenas uma experiência complementar – ele demonstra a capacidade do candidato de se envolver e contribuir além de seus interesses pessoais, algo essencial em ambientes onde trabalho em equipe, liderança e compromisso com a comunidade são fundamentais.
O serviço voluntário revela traços que vão além das habilidades técnicas e do conhecimento acadêmico: mostra perseverança, autoconfiança e disposição para enfrentar desafios, habilidades cruciais em contextos profissionais. Para muitas empresas e universidades, esses valores são indicativos de um candidato que provavelmente agregará positivamente ao ambiente e contribuirá para uma cultura colaborativa. Além disso, ao envolver-se em voluntariado, a pessoa desenvolve habilidades práticas e de gestão de tempo, uma vez que precisa equilibrar as atividades voluntárias com outros compromissos pessoais e profissionais.
Existe uma relação direta entre voluntariado e valores pessoais. O ato de servir a comunidade, sem esperar algo em troca, reflete valores como altruísmo, compaixão e responsabilidade social. Esses valores são fundamentais para organizações e instituições que buscam indivíduos dispostos a atuar de forma ética, comprometida e com uma visão de bem comum. Nos Estados Unidos, o serviço voluntário também é visto como uma expressão do caráter e uma demonstração de que o candidato é capaz de pensar em soluções para problemas coletivos, habilidade altamente valorizada em todas as áreas.
O voluntariado, portanto, funciona como um diferencial no currículo, pois representa a disposição do candidato em se envolver com o mundo ao seu redor e contribuir para o bem-estar da sociedade. Em um mercado competitivo, ele sinaliza que a pessoa está comprometida com valores maiores, o que muitas vezes é um fator decisivo para admissão em programas universitários ou seleção para cargos importantes em empresas.
Então, se você não compreende ainda este valor, evolua e não deixe que o egocentrismo pessoal ou coletivo atrapalhe ou coloque obstáculos a um trabalho voluntário. O Taco não é soft entende que só personalidades autoritárias e controladoras ou doentes podem atrapalhar ou impedir a ação voluntária.