Softbol Para Todos: Um projeto que transforma vidas em São Carlos
Softbol Para Todos: Um projeto que transforma vidas em São Carlos

Softbol Para Todos: Um projeto que transforma vidas em São Carlos

Em meio às quadras, bastões e luvas, uma nova história está sendo escrita em São Carlos, interior de São Paulo. Não é apenas sobre esportes. É sobre inclusão, educação, desenvolvimento e, acima de tudo, sobre acreditar que é possível transformar vidas por meio do softbol e do beisebol. Assim nasce o projeto “Softbol Para Todos”, uma iniciativa que une paixão, voluntariado e compromisso social.

Onde tudo começou

O “founder” da CBSC é professor e é pai de atletas que se educaram com a ajuda do beisebol e softbol. Ao ministrar aulas de Gestão Estratégica e Gestão da Inovação e Tecnologia propôs aos seus alunos criar uma empresa fictícia para aplicarem-na na prática, Os alunos, que poderiam ter escolhido qualquer empresa, decidiram homenagear o esforço e sonho do professor em educar crianças a partir de um time de Softball. Uma ficção em sala que extrapolou as barreiras entre sociedade e universidade.

O projeto então surgiu da inquietação deste grupo de universitários que, apaixonados pelo esporte e motivados por um forte senso de responsabilidade social, decidiram sair do discurso e partir para a prática. Eles entenderam que, se não começarem agora, as futuras gerações dificilmente terão acesso a modalidades esportivas tão ricas em valores como o softbol e o beisebol. E que se depender dos órgãos governamentais, os objetivos e prioridades são outros.

“Nosso foco está nas crianças do ensino fundamental e médio. A base. Aquelas que, amanhã, podem não só se tornar atletas, mas também cidadãos melhores, conscientes, resilientes e preparados para os desafios da vida”, explicam os organizadores.

Apoios que fazem diferença

O projeto não caminha sozinho. Ele conta com o apoio de parceiros que acreditam no poder do esporte como ferramenta de transformação.

Entre eles está o time dos Jacarés de São Carlos, referência local na prática do beisebol e, que oferece suporte técnico e estrutural, no nome do Francisco J. Goyo Brito. Há também a participação de Thiago Souza, ex-olheiro (scouter) oficial do Houston Astros no Brasil, que traz sua expertise internacional, proporcionando às crianças uma visão muito mais ampla sobre o esporte, suas possibilidades e até caminhos profissionais futuros.

Outro pilar importante do projeto é o ONOVOLAB, um dos maiores hubs de inovação do Brasil, sediado em São Carlos. Através do ONOVOLAB, o projeto estabelece conexões com tecnologia, educação e empreendedorismo, mostrando que o esporte pode ser também uma porta de entrada para outras carreiras e desenvolvimento pessoal.

E, para consolidar esse movimento, empresários locais como alguns dos sócios da PanoBianco Via Prado – São Carlos abraçaram a causa, oferecendo suporte e acreditando na proposta de impactar a comunidade local através do esporte e da educação.

Até mesmo a Biotônica, do  Haroldo, está sendo contactada para ajudar com os seus projetos de sensoriamento funcional remotos para  Ajudar atletas a alcançarem todo o seu potencial.

Desafios que não desanimam

Se por um lado o projeto coleciona parcerias valiosas, por outro enfrenta desafios que parecem típicos da realidade brasileira. A falta de apoio dos órgãos públicos é uma ferida aberta.

“Por questões puramente pessoais e políticas, não conseguimos apoio das entidades oficiais. A verdade é dura, mas real: para alguns, projetos como o nosso não geram votos, não trazem holofotes, e por isso não são prioridade. Investir em crianças, esporte, educação e cidadania, infelizmente, ainda não é visto como retorno político suficiente”, desabafa um dos líderes do projeto.

Mesmo assim, o grupo segue firme, provando que é possível fazer muito, mesmo sem recursos milionários, quando se tem propósito, união e trabalho em equipe.

Muito mais que esporte

O Softbol Para Todos não ensina só como rebater, arremessar ou correr para a base. Ensina sobre disciplina, respeito, resiliência, cooperação, raciocínio rápido e tomada de decisão. E vai além: o projeto também oferece espaço para desenvolvimento de bioanálises esportivas, acompanhamento de indicadores de desempenho e introdução às estatísticas aplicadas ao esporte, algo extremamente valorizado nas grandes ligas e universidades do exterior.

As crianças e adolescentes participantes têm a oportunidade de compreender desde cedo conceitos de ciência aplicada ao esporte, como análise de movimento, prevenção de lesões e desenvolvimento de desempenho. Além disso, aprendem a transformar números em estratégia, a pensar como analistas, desenvolvendo uma habilidade que pode, inclusive, ser levada para além dos campos e aplicada na vida acadêmica e profissional.

Uma proposta de troca justa

O projeto é claro e transparente em seus objetivos. Não busca lucros exorbitantes, tem fins comerciais com relação a venda de serviços , cursos especiais voltados ao softball e a educação, cursos de regras de softball, intermedia Arbitragens. Tudo voltado a manter a administração do projeto. É 100% voluntário e feito com amor.

E a proposta de parceria é simples, porém poderosa: “Em troca de apoio — seja logístico, estrutural, material ou institucional —, oferecemos visibilidade. Queremos mostrar para o Brasil inteiro, através do nosso blog e das nossas redes, que existem instituições e pessoas que apoiam verdadeiramente o desenvolvimento esportivo e educacional dos jovens. Gente que faz, que não espera, que acredita”, explica um dos organizadores.

O futuro que já começou

O Softbol Para Todos em São Carlos não é só um projeto esportivo. É um manifesto. Um chamado para quem acredita que o esporte educa, transforma e empodera.

E, se depender dessa turma de universitários, dos Jacarés, de Thiago Souza, do ONOVOLAB, da PanoBianco Via Prado e de tantos outros que estão chegando, o futuro do softbol e do beisebol no Brasil estará cada vez mais ligado à educação, à ciência, à inclusão e, principalmente, ao amor.


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